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Item Determinação da atividade e dos mecanismos antitumoriais do fenilpropanóide lignina derivado do eucalipto (Eucalytus sp.) em melanoma murino(2023) Freitas, Guilherme MendesO melanoma é um tipo de câncer de pele com baixa incidência, entretanto, é considerado o mais grave por apresentar altos níveis de desenvolvimento metastático. A formação tumoral do melanoma ocorre após transformação maligna dos melanócitos, que são células produtoras de melanina. O tratamento do melanoma é realizado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. Entretanto, algumas células podem apresentar resistência a essas terapias, além disso, os quimioterápicos são altamente tóxicos. Portanto, a procura por novas terapias que apresentam eficácia e seletividade às células tumorais, gera interesse por parte dos pesquisadores. No presente estudo, foi avaliado a atividade antitumoral da lignina extraída da casca do eucalipto (Eucalyptus sp.). Alguns trabalhos demonstram a atividade antitumoral de extratos de plantas contendo a lignina, entretanto, nenhum trabalho mostrou a lignina extraída de eucalipto. O objetivo do nosso estudo foi investigar a atividade antitumoral da lignina em células de melanoma murino e humano. Foi observado em nosso estudo que, a lignina induz diminuição significativa da viabilidade de células B16F10-Nex2 e SK-MEL-25. Para investigarmos os mecanismos de morte celular, tratamos as células com lignina na presença de inibidor de apoptose, Z-VAD-fmj(inibidor de pan-caspases); de autofagia, 3-MA (inibidor de PI3K de classe III); de necroptose, necrostatina (inibidor de RIPK1) ou na presença do inibidor de espécies reativas de oxigênio (NAC). Foi observado inibição da atividade da lignina na presença de 3-MA e NAC em células B16F10-Nex2. Além disso, após incubação das células de B16F10-Nex2 com lignina, foi observado ativação de caspases 8 e 9 e degradação do DNA. Também foi observado que, em uma concentração subtóxica de 3 μM, a lignina apresentou inibição da migração e invasão celular, bem como, diminuição na formação de colônias em células de melanoma murino. O nosso trabalho demonstra que a lignina apresenta efeito antitumoral em células de melanoma humano e murino, bem como, interfere nos mecanismos de migração e invasão celular, que estão diretamente envolvidos com processos metastáticos. Esses resultados demonstram que a lignina é um composto promissor para descoberta de novos compostos antitumorais.Item Efeito da heterogeneidade espacial em multiescala na diversidade de formigas em áreas de eucalipto(Universidade de Mogi das Cruzes, 2023) Silva, Nicole Nascimento daAs modificações nas paisagens causadas pelo aumento das áreas destinadas as plantações de eucalipto, onde antes eram floresta nativa, podem impactar a biodiversidade, estabelecendo filtros ambientais que podem favorecer espécies distúrbio-tolerantes e, consequentemente, homogeneizar as comunidades biológicas. As formigas são bioindicadoras ambientais frequentemente utilizadas em estudos de áreas antropizadas. A resposta biológica às consequências das alterações no ambiente, sofre influência da extensão espacial em que é analisada e existem conclusões divergentes acerca da melhor escala para as comunidades de formigas. Analisar em multiescala espacial a influência da heterogeneidade da paisagem das áreas de eucalipto com diferentes idades de plantio sobre a diversidade de formigas. As formigas foram amostradas em 9 paisagens heterogêneas espacialmente de plantações de eucalipto na Mata Atlântica em São Paulo, Brasil. A relação entre a diversidade taxonômica (α e β) com a diversidade da paisagem (Índice de Diversidade de Shannon) e a cobertura florestal (%) foi analisada em 4 escalas espaciais (250m, 500m, 750m e 1000m). A riqueza de espécies respondeu positivamente para o aumento de heterogeneidade da paisagem e negativamente para o aumento da cobertura florestal. Em ambos os casos a escala de efeito foi em 1000m. A diversidade beta total (βsor) apresentou resposta negativa ao aumento da diversidade da paisagem e não sofreu influência da cobertura florestal. A escala de efeito também foi 1000m. As áreas de plantio recente de eucalipto manejado influenciaram a diversidade α e β positivamente. Nossos resultados indicam que a diversidade da paisagem e a cobertura florestal são importantes preditores das métricas de diversidade biológica, principalmente a riqueza de espécies de formigas. Aumentar a heterogeneidade da paisagem e preservar os fragmentos de Mata Atlântica adjacentes, podem diminuir os impactos do eucalipto na biodiversidade. Além disso, como a diversidade de formigas respondeu de formas distintas às métricas de estrutura da paisagem em multiescala espacial, salientamos a importância de utilizar essa abordagem para que o planejamento da paisagem seja efetivo.Item Efeito das variáveis ambientais sobre as comunidades de poneromorfas (hymenoptera: formicidae) em áreas de eucalipto(Universidade de Mogi das Cruzes, 2024) Nagatani, CauêEucalyptus saligna é amplamente encontrado em florestas tropicais devido ao seu rápido crescimento e a sua utilização na produção de papel e madeira compensada. No entanto, os cultivos comerciais de eucalipto, de uma maneira geral, levam à simplificação das comunidades de animais e vegetais nos ecossistemas nativos. Apesar disso, em paisagens fragmentadas, as plantações de eucalipto também podem desempenhar um papel na conservação da biodiversidade, fornecendo refúgio para espécies nativas de fauna e flora. Os invertebrados desempenham funções essenciais nos processos ecológicos e podem servir como indicadores de distúrbios ambientais em monoculturas. A comunidade de Poneromorfas representa cerca de 25% da diversidade local de Formicidae em ambientes tropicais, sendo consideradas predadoras por excelência, mas generalistas por convergência e importantes dispersoras de frutos. A imensa diversidade morfológica, comportamental e ecológica, faz do grupo um bom modelo de estudos. Analisamos as comunidades de Poneromorfas em áreas de eucalipto com diferentes idades de plantio. Selecionamos aleatoriamente 20 sítios situados nos municípios de Mogi das Cruzes, Bertioga e Salesópolis, subdivididos em cinco áreas para cada tipo de floresta (FOD - Floresta Ombrófila Densa; E1 eucalipto no primeiro ciclo de corte; E2 eucalipto no quarto ciclo de corte e E3 - eucalipto com aproximadamente 28 anos sem manejo). As variáveis bióticas, cobertura arbórea e abundância de invertebrados, foram analisadas; também coletamos as variáveis abióticas, argila, areia grossa e fina, pH da serapilheira, umidade relativa do solo e temperatura do solo. Registramos um total de 14 espécies e morfoespécies de Poneromorfas, 8 gêneros e 3 subfamílias. As Ponerinae foram as mais bem representadas. As plantações de eucalipto com manejo (E2.1) = 28 anos foram as menos ricas e diversas, e também os mais similares em relação às comunidades. Os resultados mostram que a comunidade de Poneromorfas na Floresta Ombrófila Densa e em plantações de eucalipto sem manejo (E3.1) = 28 anos é mais rica quando comparada às demais. Sugerimos que as variáveis ambientais influenciam as Poneromorfas, e que nossos resultados estão relacionados à presença de locais com maior disponibilidade de alimento e sítios de nidificação. Florestas diferentes apresentam composição abiótica e biótica também diferentes; e heterogeneidade e complexidade do ambiente atreladas à qualidade de recursos, são características importantes para a estruturação das comunidades de Poneromorfas.